segunda-feira, 4 de março de 2013

O custo “invisível” dos atletas

Todo ano a MLB apresenta um mercado enorme de Free Agents para as franquias na offseason. Sempre há nomes que qualquer torcedor gostaria de ter em seu time. Mas, muitas vezes, vemos que os time declaram que sequer vão iniciar uma conversa, porque não podem gastar tanto dinheiro e tudo mais. Mas você sabe porque as franquias gastam tanto?

Logicamente existe tudo aquilo que já sabemos: custo de manutenção de estádio (se você for o Jeffrey Loria, não precisa de preocupar), logística e os atletas. Ah, os atletas! Uma fatia tão pequena perto do valor da equipe. O que são 5 milhões perto de 200, certo?

Errado.

As franquias americanas têm um grande problema: costumam pagar demais e, muitas vezes, pagam exorbitâncias para quem nem é tão bom assim. Além de pagar muito, os contratos firmados são longos. Por quê? O mercado é agressivo. Se você não paga, seu concorrente paga (se você não for o Kyle Lohse) e sua torcida fica irritada, te acha incomptente e tudo mais.

Ken Griffin Jr. vive sua aposentadoria tranquilamente às custas do Cincinnati

Então, o que você faz para se livrar de um atleta que não rende mais com seu contrato durando mais dois ou três anos? Paga para se livrar dele! E paga caro, paga com juros!

Não é atípico uma franquia pagar para se livrar de um jogador. Ou até mesmo fazer um acordo diferente com o atleta, para não pesar tanto seu alto salário a curto prazo. Veja alguns exemplos abaixo.

Bobby Bonilla – Aposentado desde 2001, Bonilla recebe 1,2 milhão por ano do New York Mets e vai continuar com a mesada até 2025. Isso transformou seu contrato de 6 milhões numa dívida quase 5 vezes maior. Tudo isso porque os Mets não o queriam mais. Bonilla também recebe 500 mil por ano do Baltimore, benefício que acabará em 2015. Aposentadoria mais que tranquila.

Todd Helton –O Experiente Primeira Base dos Rockies preferiu garantir o futuro. Iria receber 19,1 milhões em 2011, mas abriu mão de 13 para receber em dez anos, a partir de 2014. Garanto que não vai ser sem juros. Denver não é o maior mercado da MLB e os Rockies preferiram pagar a dinheirama que devem a Helton em suaves prestações.

Ichiro Suzuki – Um dia o japonês mais famoso da MLB vai se aposentar e, quando isso ocorrer, ele terá depósitos na sua conta feito pelo Seattle Mariners até 2032, parte do acordo de extensão de 90 milhões, assinado em 2007.

Serginho Groisman, aliás, Ichiro Suzuki, tem um bom salário garantido quando aposentar

Bronson Arroyo – Em 2010, o arremessador conseguiu um novo contrato com sua equipe, o Cincinnati Reds: 35 milhões para 3 anos. 3 anos? E por que ele vai receber dinheiro dos Reds até 2012?

Ken Griffin Jr. – Mais uma dos Reds. Em 2000, assinaram um contrato de 9 anos e 116 milhões com o Outfielder. Contudo, eles não conseguiriam ter um time competitivo se tivesse que pagar tudo de uma vez para Ken Griffin. O que fizeram? Dividiram a perder de vista e Griffin vai ter um bom salário sem jogar quando tiver seus 50 e tantos anos.

Manny Ramirez– Boston tem muito dinheiro, mas ficar devendo a um jogador por 16 anos é uma coisa lamentável. O time estava tão desesperado para se livrar de Manny Ramirez em 2008 que fez um acordo maravilhoso. Para o jogador. Ramirez vai receber um cheque bonitinho dos Red Sox até 2026, quando terá seus 54 anos.

É engraçado notar o tipo de malabarismo que os clubes fazem para conseguir maior flexibilidade no momento e... bem, gastar mais! Daqui a pouco, algumas equipes vão pagar aos filhos do jogadores. Os atletas que amam isso, já que garantem uma aposentadoria melhor que qualquer previdência social.

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