quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ida ao Angel Stadium

Background

Quando eu decidi que viajaria de férias até Los Angeles, de férias, com minha esposa e alguns amigos, imediatamente fui atrás de um calendário para checar se teria condições de assistir a algum jogo do Los Angeles Angels.

Mas, Eduardo, você pergunta, por que não um jogo do Dodgers, que joga num ballpark quase no centro de Los Angeles? Excelente pergunta. Primeiro porque o Angels vinha de uma offseason impressionante, trazendo jogadores do naipe de Albert Pujols e CJ Wilson. Segundo, porque eu não sabia que Anaheim, onde o Angels joga, fica tão longe de Los Angeles.

De qualquer forma, aparentemente eu estava indo no caminho certo. O Dodgers estaria fora da cidade durante a minha estadia e o Angels jogaria uma série com o Tampa Bay Rays, no Angel Stadium.

A compra dos ingressos

De início, flertei em comprar diretamente no site do Angels. Eu não sou rico e estava contente em ficar lá pra cima, nos lugares nosebleeds. Os preços eram um pouco salgados, mesmo os mais baratos custavam cerca de 30 dólares. Tendo em vista que eu também pagaria o ingresso da minha esposa, comecei a procurar outra opção.

Tive a ideia de entrar, então, no site da secretaria de turismo de Anaheim. Quem sabe eles não tem algum tipo de convênio com o time ou alguma promoção. Descobri que sim, existia uma promoção para ingressos em determinadas datas e em determinados assentos. Com o código da promoção em mãos, voltei ao site do Angels e comprei os ingressos que queria por 12,50 dólares + 5,00 dólares de “taxa de conveniência”.

Depois, descobri que poderia ter comprado ingressos melhores com um preço mais acessível através do stubhub.com, que basicamente faz a intermediação entre alguém que tem ingresso, não vai ao jogo e quer vender e o comprador

De qualquer forma, paguei no cartão de crédito e recebi um e-mail avisando que eu havia adquirido os tickets. No dia, eu teria de ir à bilheteria, com identificação e o cartão de crédito que fiz a compra para pegá-los.

No dia anterior, recebi um e-mail me lembrando do jogo e oferecendo detalhes sobre a partida. Os titulares seriam Dan Haren, da parte angelina e David Price, da parte das arraias de Tampa Bay.

O Estádio

Era o dia 16 de agosto. Deixamos Los Angeles por volta das 17.30h e, devido ao famoso trânsito de Los Angeles, chegamos no estádio em cima da hora, às 19:00h. O estacionamento é bem amplo e vários funcionários indicam onde estacionar. Pagamos 10 dólares pela vaga e fomos até a bilheteria.

Havia muito movimento na frente dos portões, os muros do estádio são enfeitados com grandes fotos dos jogadores do Angels. Um grande capacete vermelho marca a entrada do portão principal. Não havia fila para pegar os ingressos. Aproveitamos, tiramos umas fotos e entramos. Você pode utilizar qualquer entrada. O hino americano começou a ser apresentado enquanto passávamos pela revista. Todas as pessoas, seguranças e policiais pararam o que faziam, colocaram a mão no peito e viraram para o campo. Finalmente, nos entragaram uma jarra de plástico com o emblema do Angels e 4 copos com o nome e número dos arremessadores do time.

O brinde do dia para os torcedores
Entrada do ballpark

Lá dentro, começamos a subir as rampas até chegar ao último nível. Achamos a nossa entrada e um empregado nos mostrou onde eram os lugares. Não tinha grandes expectativas para os nossos assentos, mas fiquei muito satisfeito com a visão do campo.

Na foto, parece longe. Na verdade, é longe. Mas dá pra ver.


 Jogo

O jogo começou com Haren eliminando três em seguida. O arremessador do Angels parecia estar afiado naquela noite, mas apenas parecia. O telão anuncia cada batedor, com estatísticas relevantes, marca as estatísticas do arremessador e passa o replay das melhores jogadas. Mike Trout é o leadoff do Angels e sua walkout song é nada mais nada menos que aquele OI OI OI da novela.

Longoria e seus números no telão
Telão puxando um pouco o saco do Pujols
O estádio estava, aparentemente, metade cheio, mas é difícil dizer com certeza. O jogo era o primeiro de quatro entre os times e o Rays tinha acabado de ceder um jogo perfeito para Félix Hernandez na noite anterior. Era óbvio que o time viria com sangue nos olhos nesta partida. Ben Zobrist abriu o marcador com um homerun para o campo central. A jogada foi revista pelos árbitros, por suposta interferência de um fã, mas foi mantida.

Os bastões californianos continuavam sendo frustrados por David Price e no quarto inning a vaca deitou. B.J. Upton abriu o inning com uma pancada pro campo esquerdo. Dan Haren cederia seis rebatidas e quatro corridas neste inning até ser retirado com dois outs. Uma noite desastrosa.

Com 0x5 no placar, a torcida começou a ficar desesperançosa. Trout, Pujols e Trumbo combinaram para duas rebatidas e quatro strikeouts entre eles. Price era o nome do jogo.

A fome bateu e fui testar a lanchonete do estádio. De lá, assisti pela tevezinha Evan Longoria bater um homerun de duas corridas no topo do quinto inning. Parte da torcida desistiu e começou a sair. No quinto inning! Enfim, voltei para o meu lugar com dois cachorros-quentes bem caros na mão a fim de saber se o Angels viraria o placar.

Latinos jogando, latinos servindo...

De fato, eu poderia ter ido embora. David Price arremessou sete innings, cedeu três rebatidas e dois walks, sendo o principal responsável pela vitória de 7x0 do Tampa Bay Rays. Minha noite, entretanto, não tinha acabado.

Com grande parte da torcida já do lado de fora, me aventurei nos lugares mais caros do estádio, no terrace, para sentir o jogo mais de perto. Acreditem no que eu digo: é outro mundo. Você vê a expressão e a tensão dos jogadores em campo, a torcida é mais participativa, já que o rebatedor pode facilmente ouvi-los. Foi uma experiência bem legal.

No terraço, a vida é outra. Dá até pra xingar o Pujols.
 A saída foi tranquila, dei uma passada na loja do time, mas nada me animou em específico. Me aproximei do campo para tirar uma foto e acabei repreendido pelo segurança (mas tirei a foto). Minha esposa, coitada, não entendeu grande coisa do jogo, mas se esforçou para parecer entretida durante as três horas de duração de um blowout.

Tem até camisa do Bourjos!
O Rays eventualmente varreria os quatro jogos por um placar combinado de 37x14, deixando o Angels nunca posição delicada na tabela. De qualquer forma, recomendo a todos a experiência de assistir ao vivo uma partida e vivenciar de perto esse mundo mágico do baseball.




domingo, 26 de agosto de 2012

Boston e LA Dodgers realizam grande troca.

Agosto é um mês emblemático na MLB. Ele fica entre o fim da deadline em julho, e o começo da loucura total em setembro, quando jogadores aparecem por todos os lados, equipes dão o sangue para ir à pós-temporada e managers ficam malucos fazendo cálculos e mais cálculos.

Portanto, é um mês que você não espera mais grandes reforços para seu time. Os movimentos que ocorrem são através de waivers, ou seja, são (geralmente) menores. Vocês está apenas se acostumando com as eventuais mudanças no elenco que aconteceram em julho.

Mas o Baseball sempre arranja uma forma de nos surpreender. E foi o que aconteceu nesta sexta-feira, quando apareceu o rumo de uma troca homérica entre Boston Red Sox e Los Angeles Dodgers.

O time de Boston, totalmente desiludido com a temporada pífia, finalmente teve a coragem de limpar um pouco a sua folha de pagamento. Era algo que já devia ser ventilado entre a diretoria da franquia há algum tempo, mas, o fio de esperança de ir aos playoffs ainda não deixava trocas ocorrerem.

Neste sábado, o movimento foi confirmado. Os Red Sox enviariam Adrian Gonzalez, ídolo da torcida, Josh Beckett, em temporada bem fraca, Carl Crawford, com problemas de lesão, Nick Punto e 11 milhões em dinheiro para os Dodgers. Em troca, vão receber o 1ª Base James Loney (4 Home Runs, 33 RBIs), Allen Webster, Ivan De Jesus e dois jogadores a serem anunciados no futuro.

Gonzo já bateu seu primeiro Home Run no novo uniforme
Para entender melhor, vamos aos números.

Antes do movimento, o Boston Red Sox tinha a 3ª folha de pagamento mais cara da MLB, custando um pouco mais de 173 milhões de dólares em 2012. Para ter ideia do que é gastar esse valor num time de baseball, eles poderiam pagar a folha de San Diego Padres, Oakland A's e Houston Astros desse ano.

Com a troca, o Boston economiza o equivalente a um time desse times citados: 60 milhões de dólares. Só Adrian Gonzalez ganha 21,8 milhões; Carl Crawford ultrapassa os 20 milhões e Beckett garante seus 17. Nick Punto, coitado, é o troco do pão da transação: 1,5 milhão para ele em 2012.

Beckett tem contrato por mais dois anos e irá receber 31,5 milhões
Para os Dodgers, a transação significa, logicamente, o oposto. Eles somam a uma folha que já era de 95 milhões todos esses valores. O jogador que mais ganhava na equipe antes da transação era o Ted Lilly, com 11 milhões. Os torcedores estão em êxtase com o time se movimentando e agindo depois de tanto tempo no comando de Frank McCourt.

Magic Johnson, um dos donos da franquia, declarou que "Nós entendemos que você precisa gastar pra ser bom nessa liga. Sabíamos disso antes de comprar o time. Gostamos muito da troca". Ou seja, mesmo com a moda de Moneyball, o jeito Yankee de ser continua fazendo sucesso: salários altos, grandes investimentos e acúmulo de talento. Nas últimas semanas, os Dodgers também adicionaram Shane Victorino, Hanley Ramirez e Brandon League ao elenco.

Tecnicamente falando, Adrian Gonzalez é uma adição incrível ao time. A 1ª base dos Dodgers desse ano vinha sendo limitada, rebatendo 24%, com 10 Home Runs e 55 corridas impulsionadas. Gonzalez, numa temporada abaixo do que pode produzir, anotou 30% no Boston, com 15 Home Runs e 86 corridas impulsionadas. Matt Kemp deu sua opinião sobre o novo companheiro de time: "Agora temos um dos melhores jogadores da posição na liga. Alguém que pode anotar corridas definitivamente vai nos ajudar a vencer mais partidas".

Josh Beckett chega sem grandes expectativas e por isso pode surpreender. Já Carl Crawford me parece a maior incógnita da troca. Vindo de tantas lesões, ele finalmente consegue se livrar de Boston e partir para LA. Pode ser que a motivação volte ao Outfielder. O Dodgers vai pagar caro nessa aposta (Crawford ganhará 100 milhões nos próximo 5 anos), mas o retorno pode ser alto também.

Resumindo: o Boston pode ter entrado numa fase que o torcedor não está acostumado, a reconstrução de um time. Pode ser angustiante, como definiu o General Manager do time, Ben Cherington: "Nós sabemos que não somos quem queremos ser". Não é de uma hora para outra que toda mudança deve acontecer. A próxima Free Agency pode não suprir todas necessidades do time, a espera pode ter que ser um pouco mais longa que o normal. Mas o time irá fazer os movimentos necessários para voltar ao topo.

Os Dodgers, por sua vez, colocam um F maíusculo no favoritismo para a vaga dos playoffs na divisão e também garantem um lugar nas listas de "possíveis times na World Series". O elenco agora é caro e tem que render. Vamos ver como o barco vai navegar nos mares angelinos.

---

Siga-nos no Twitter e fique à vontade para nos curtir no Facebook!

sábado, 25 de agosto de 2012

Adrian Beltre Pegando Fogo


Adrian Beltre entrou para a história na noite desta sexta-feira no Texas. Um dos melhores 3ª Base da temporada bateu para um "ciclo" pela segunda vez na sua carreira. A vítima desta vez foi o Minnsota Twins.

O que é rebater para o ciclo?

Rebater para o ciclo é conseguir todos os tipos de rebatida em um único jogo. Ou seja, o jogador precisa de uma simples, uma dupla, uma tripla e um Home Run. Isso aconteceu 293 vezes na história da Liga, o que faz do "ciclo", para o rebatedor, algo como o "no-hitter" é para o arremessador.

Se quiser aprender a rebater uma basebola para longe, Beltre pode te ensinar

Ótimos números

Aos 33 anos, Beltre vem tendo uma temporada extraordinária. Há duas noites, o dominicano rebateu 3 Home Runs contra o Baltimore Orioles, impulsionando 5 corridas. Na noite de ontem, anotou mais uma rebatida para depois do muro e, somada à de hoje, já possui 24 Home Runs.

Mais histórica ainda

24 de agosto de 2012 há de ficar marcado na história. Além do ciclo do Adrian Beltre, vimos a vitória do Houston Astros e do Chicago Cubs no mesmo dia. Sinal dos tempos?
Aproveito para divulgar que finalmente saiu o Podcast do Two Minute Warning, com participação minha e do Vinícius Veiga, do Spinballnet. Não deixem de ouvir, clicando aqui.

---

Siga-nos no Twitter e fique à vontade para nos curtir no Facebook!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O Tiozão do Ano: Dodger Stadium #DodgerStadium50


Aos poucos continu escrevendo sobre os patches da temporada 2012. O escolhido de hoje é o que homenageia os 50 anos do Dodgers Stadium.

Os outros posts da série, você pode ver abaixo:

História do Houston Astros: Parte 1Parte 2Parte 3

Patch do Dodger Stadium

 A história do Dodger Stadium é parecida com muitas que vemos por aí. A franquia realizava seus jogos no Ebbets Field, um belo estádio localizado no Brooklyn. Mesmo com algumas modificações na década de 20, o estádio já não comportava a quantidade de torcedores que deveria na década de 40 e Walter O’Malley, então dono da franquia, começou a se mover para construir um novo Ballpark.

O Ebbets Field inspirou o Citi Field anos mais tarde

O’Malley chamou Buckminster Fuller, arquiteto extremamente famoso, para dar a nova cara ao estádio do time. Seria o primeiro Ballpark com domo àquela época, vários anos antes de surgir o Astrodome em Houston.

Mas a cidade de Nova Iorque barrou a construção. A cidade queria que o novo estádio fosse construído no Queens, onde mais tarde seria iniciada a construção do Citi Field, dos Mets, mas O’Malley não aceitou.

O novo estádio dos Dodgers seria o primeiro com teto da história
Enquanto isso, as viagens de trem na MLB era substituídas pelas viagens de avião e Los Angeles começou a babar por uma equipe de baseball. Foi nesse momento que o dono dos Dodgers enxergou a oportunidade e foi conversar com os encarregados de conseguir uma franquia para LA.

A cidade, buscando seu time, ofereceu uma boa proposta e um local razoável para construção do novo estádio e O’Malley acertou os detalhes finais, deixando Nova Iorque meio desesperada. A cidade também estava perdendo o NY Giants, que ia para Minneapolis.

Acontece que os Dodgers não queriam perder a grande rivalidade já existente entre as duas equipes e O’Malley simplesmente perguntou aos seus rivais: “Por que Minneapolis? A Califórnia tem espaço para nós dois, vai ser o melhor para nossas equipes”. Foi assim que o pessoal de Minnesota acabou ficando com os Twins de consolação.

Enfim, depois do vai-e-vem, o Dodger Stadium estava pronto. Inaugurado em 1962, perdeu a chance de ver o primeiro título de World Series dos Dodgers em Los Angeles, conquistado em 1959. Contudo, em 1963, o time azul já lhe dava a primeira alegria ao varrer o New York Yankees na World Series. Os títulos se repetiriam em 1965, 1981 e 1988, porém, com a partida decisiva sempre fora de Los Angeles.

Uma peculiaridade do Dodger Stadium é sempre ter recebido 56 mil torcedores vestidos de azul. Não mudaram a disposição do estádio nunca, uma vez que O’Malley exigiu que o projeto contemplasse boa vista do campo de qualquer lugar. Outra vantagem de ir a um jogo dos Dodgers é a baixa probabilidade do jogo ser adiado por causa da chuva. Entre 1988 e 1999 o time teve nada menos que 856 partidas consecutivas sem cancelamento por causa do tempo. É o recorde da MLB.

O time dos Dodgers é o que realmente leva a paixão dos Angelinos, enquanto o Los Angeles Angels of Anaheim ainda tem um bom chão para percorrer. É como um Lakers e Clippers no Baseball, só que não jogam no mesmo lugar. (A comparação pode ser exagerada, uma vez que os Halos estão em Anaheim, mas achei que cabia como exemplo aqui. Reclamações livres nos comentários).

Hoje quem lota o estádio é Matt Kemp e Clayton Kershaw, mas Elton
John já o fez com uma bela roupa purpurinada
 O Dodger Stadium teve o prazer de ver atuar Sandy Koufax, tido como um dos melhores arremessadores da história. Para sempre estarão marcados os três no-hitters dele no estádio, incluindo um jogo perfeito em 1965. O arremessador se aposentou precocemente, aos 30 anos por problemas de artrite no cotovelo esquerdo.

Esses no-hitters só contribuem para a fama do estádio em ajudar arremessadores. As dimensões (que podem ser vistas abaixo) não são assustadoras, mas a localização geográfica ajuda a evitar muitas corridas. Além disso, a área de “foul ball” é imensa: o que em outros estádios seria uma bola para torcida, um souvenir premiado, no Dodger Stadium é uma açucarada eliminação no infield ou no outfield.

Vejamos o exemplo de Chris Capuano que, jogando em casa, tem um ERA de 2,17 em 2012 e, jogando fora, o número sobe para 4,10. O Cy Young Clayton Kershaw também agradece ao Dodger Stadium seu ERA de 2,27 em casa e 3,62 jogando fora. Até mesmo Sandy Koufax aproveitou o Ballpark para render mais. Em 1961, último ano antes de ir para o Dodger Stadium, Koufax tinha ERA de 4,29 em casa. Em 1962 caiu para incrível 1,75 e nos anos seguintes só fez baixar mais, alcançando ERAs caseiros que eram a metade das médias fora.

O estádio é um símbolo para a cidade. Depois de todos os problemas pelos quais a franquia passou nos dois últimos anos, parece que agora vai tomar um rumo certo.  A cidade agradece, os torcedores também. Enquanto isso, os Dodgers são gratos ao All-Star Game, que proporciona a chance de jogar uma World Series com mando de campo.

Ficha Técnica do Dodger Stadium:

Construído: entre 1959 e 1962
Inauguração: 10 de abril de 1962
Custo: 23 milhões de dólares (177 milhões nos valores atuais)
Capacidade: 56 mil pessoas
Estacionamento: 16 mil carros
Dimensões:
Campo Esquerdo - 330 pés (101 m)
Campo Central - 400 pés (122 m)
Campo Direito- 330 pés (101 m)
Atrás do Home Plate - 55 pés (17 m)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Bartolo Colon também é pego no anti-doping


Uma semana depois do anúncio da supensão de Melky Cabrera, a MLB veio com mais uma suspensão nesta temporada. Quem foi pego dessa vez foi o arremessador do Oakland A's, Bartolo Colon. A substância que o denunciou foi testosterona, a mesma utilizada por Cabrera, portanto, punição idêntica: 50 jogos.

Dizem por aí que o Colon engoliu o Melky Cabrera
Colon pediu desculpas aos fãs, aos companheiros e à franquia, como praticamente todo jogador pego no doping faz. O atleta também aproveitou para assumir a responsabilidade dos atos. O mínimo que poderia fazer.

O Oakland ainda tem 40 jogos para fazer nesta temporada sem a ajuda de seu arremessador, que vinha numa temporada de 10 vitórias, 9 derrotas e ERA de 3.43. A melhor temporada em vitórias desde 2006 e o menor ERA dele desde 2002. Vale notar que nos seus 5 últimos jogos, foram 4 vitórias e ERA de 1.57. Talvez efeito da testosterona.

Bartolo Colon foi o vencedor do Cy Young de 2005, quando jogador do Los Angeles Angels. O dominicano ainda teve passagens pelo Cleveland, Montreal, Boston, White Sox e Yankees. Aos 39 anos, o atleta cumpria contrato de um ano no valor de 2 milhões com o Oakland.

A franquia dos Athletics divulgou nota alegando grande desapontamento com a notícia da supensão e que apoia totalmente a política anti-doping da MLB. No mais, recusou-se a fazer maiores comentários.

A suspensão só mostra a crescente preocupação da liga em pegar os jogadores dopados. Colon foi 5º suspenso esse ano. Além de Melky Cabrera e seu companheiro Guillermos Mota, o infielder dos Phillies Freddy GAlves e o outfielder Marlon Byrd foram suspensos.

Só resta uma dúvida: será que o Colon vai dizer que comprou num site que não conhecia, indicado pelo Melky Cabrera? Fiquemos atentos!

----

Siga-nos no Twitter e fique à vontade para nos curtir no Facebook!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Caso Melky Cabrera


Na semana passada, o Outfielder do San Francisco Giants e MVP do All-Star Game 2012, Melky 
Cabrera, foi pego no exame anti-doping. Cabrera estava com uma quantidade de testosterona acima do permitido e, por conta disso, foi suspenso por 50 jogos.

A MLB tem elevado o nível de atenção nos testes nos últimos tempos, uma vez que a liga ficou conhecida por muitos jogadores terem um ganho de desempenho enorme de uma temporada para outra. Logicamente,  esses os rendimentos levantarem a suspeita de quão dentro da legalidade estariam tais atletas. A última vítima “famosa” de suspensão, havia sido Ryan Braun, MVP da National League em 2011. Entretanto, a suspensão de Braun foi revertida na justiça.

Não vai ser por seu MVP no All-Star Game que o jogador será lembrado

Mas vamos entender um pouco mais sobre o caso Cabrera:

Parte 1 – Complicando os playoffs
Quando anunciada a suspensão, faltavam 45 jogos para os Giants na temporada regular. Já será complicado sem o jogador, o time alcançar os playoffs, mas, caso os Giants avancem, estarão numa posição bem complicada quanto ao jogador dopado. Melky só poderia jogar na segunda série da equipe nos playoffs. Enquanto isso, precisaria estar “registrado” e ocupando o espaço de alguém que poderia entrar em campo em todos os jogos anteriores. Além desse complicador, Cabrera estará fora de forma, uma vez que as Minors já estarão de férias quando a MLB estiver pegando fogo em outubro.

Parte 2 – Tentando empurrar a culpa
Mas ir ou não para os playoffs é apenas um dos problemas que Cabrera e os Giants irão ter. Pelo Acordo Coletivo entre Associação de Jogadores e MLB, o atleta que for pego no exame anti-doping, poderá tentar provar que utilizou a substância proibida sem saber. Seria o caso do jogador que estivesse tratando alguma doença e ingerisse um remédio com alguma substância proibida. Mas foi nesse ponto que Cabrera complicou ainda mais sua situação.

Um funcionário dos agentes de Melky Cabrera foi pago para conseguir um site que ajudasse o jogador a se livrar da punição. Como? Cabrera, supostamente, iria ter comprado um produto desse site tendo em mente que seria legal tomá-lo. Como eles iriam incriminar o site e colocar culpados na história, já são outros problemas, mas o fato é que, para se  livrar de uma coisa, Cabrera fez uma besteira maior ainda.
À essa altura, os agentes e o tal funcionário contratado por eles estão fazendo de tudo para livrar a pele do atleta. Logicamente, será alegado que o jogador não sabia do esquema e, realmente, não há provas para tal.

Parte 3 – Perdendo muito dinheiro (ou não)
No fim das contas, Cabrera acabou perdendo um contrato que nunca seria seu. Como assim?

Josh Hamilton vai nadar nos dólares em 2013, ao contrário de Cabrera
Ele será Free Agent ao final da temporada e, com os números que vinha fazendo, liderando a NL em rebatidas e estando entre os líders de aproveitamento no bastão, certamente receberia uma proposta bem recheada. Algo para lá de 60 milhões de dólares. Andre Ethier, por exemplo, assinou com os Dodgers por 85 milhões e 5 anos. Cabrera seria um dos melhores nomes do mercado para quem procurasse um Outfielder (junto com Josh Hamilton e Nick Swisher). Agora, envolvido em um escândalo, que dentro dele há outro escândalo, ele irá se contentar com as propostas que aparecerem. Se conseguir um contrato de 2 anos, será uma grande vitória. Mas pelo menos será um contrato pelo Cabrera de verdade, e não pelo Cabrera de farmácia.

Vale lembrar que o rapaz nunca foi muita coisa. Passou por  Yankees e foi chutado pelo Braves antes de chegar ao Kansas City. De repente,  começou a rebater acima de 30% e passa a parecer mais um daqueles casos que o Billy Beane adora: um cara que só precisa de um chance pra jogar bem. Mas, com o problema revelado na semana passada, começa também a se duvidar da validade de sua temporada em 2011.

Parte 4 – Que a fiscalização aumente!
De qualquer modo, o caso de Melky Cabrera deverá servir de exemplo. Os jogadores que usam substâncias ilegais, têm a cara-de-pau para aparecer para o jogo e competir com os atletas que estão na MLB por causa da técnica, da força e do trabalho. Quem sabe, com a grande desvalorização de um “dopado”, o pessoal comece a pensar antes de sujar o nome da liga, além do próprio. E que os times comecem a trabalhar de maneira mais digna para descobrir os atletas ilegais. Cabrera foi o terceiro jogadors dos Giants e pegar uma suspensão de 50 ou mais jogos. Em 2008, Eliezes Alfonzo foi pego e, no começo deste ano, Guillermo Mota foi suspenso por 100 jogos.

Melky não foi o primeiro, nem será o último

A MLB tem precisa continuar fazendo sua parte, mas com mais força. A liga tem, praticamente, recompensado os jogadores “errados”. Cabrera, por exemplo, se tivesse assinado um contrato de 70 milhões e 4 anos antes de ser pego no exame, iria receber praticamente o mesmo dinheiro. O que ele iria perder seria equivalente aos 50 jogos de suspensão, e só. Ou seja, ele teria, ainda, uns 65 milhões garantidos. Passa a impressão que “vale a pena arriscar”. Perde-se 5 milhões e ganhe-se 65.

Para ser mais dura, a liga tem seu próprio exemplo a seguir. Um jogador pego apostando em Baseball, é suspenso por um ano. Se for pego novamente, não poderá mais jogar na MLB. É simples. É só aumentar a abrangência da regra. Qualquer um fica com medo de perder um ano de salário. Aí o “crime não compensa”.

Precisamos enxergar que Melky não só tomou substância proibida. Ele tentou trapacear. Queria um desempenho melhor, para ter um contrato melhor. Esse contrato melhor, poderia prejudicar seu time, seus companheiros e outros jogadores da liga, uma vez que seriam desvalorizados em seus contratos.


Para eventuais dúvidas, estamos no @MLBBrasil e no Facebook!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Felix Hernandez e seu jogo perfeito.

Finalmente! Depois de 8 anos na liga, um Cy Young e diversas apresentações incríveis, o venezuelano Félix Hernandez, o King Félix, conseguiu anotar seu jogo perfeito.

Sempre tido como um dos jogadores capazes de anotar tal feito na MLB, Hernandez eliminou os 27 rebatedores que o enfrentaram na tarde de hoje, no Safeco Field. Para coroar a apresentação, foram 12 strikeouts para o arremessador.

Após o jogo, o atleta de 26 anos disse que não tinha palavras para descrever a sua emoção. "Eu vinha trabalhando duro para lançar um jogo perfeito. E hoje, dedico a vocês" foi o que ele conseguiu dizer ao público no estádio, logo após o término do jogo.




Certamente um dia muito feliz para os torcedores do Seattle, time que tanto sofre para voltar a disputar playoffs. Mas é um dia feliz para todos na liga também. Félix é um dos melhores arremessadores da MLB há muito tempo. E, se por um lado, seu time não ajuda no objetivo de todo jogador, conquistar a World Series, seu talento fenomenal o traz grandes conquistas pessoais.

Alguns fatos interessantes:

  • Félix é apenas o segundo arremessador latino da história a alcançar um Jogo Perfeito. O primeiro, Dennis Martinez, realizou o fato há 21 anos, pelo Montreal Expos.
  • É a terceira vez em 4 anos que os Rays sofrem um Perfect Game. Podem ter tirado o nome "Devil" da franquia, mas esse azar eles não exorcizaram. Em 2009, foram vítimas de Mark Buerhle e em 2010 de Dallas Braden. Além disso, sofreram um no-hitter de Edwin Santana neste meio tempo.
  • Com o no-hitter conseguido pelo Seattle em 8 de Junho, é a primeira vez desde 1973 que uma equipe da American League lança dois jogos sem rebatidas na mesma temporada. Última vez que isso ocorreu foi com os Angels de Nolan Ryan, responsável pelos dois no-hitters.
---

Para mais informações, fique sempre ligado em nosso Twitter e também no Facebook.